Para você refletir...
domingo, 31 de dezembro de 2017
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
Uma aliada do tempo
Aos poucos ela
chega de mansinho, ainda no meio de uma caminhada predestinada pelo próprio tempo,
mas, chega trazendo uma bagagem cheia de ensinamentos, provas, histórias para
contar e dividir com que desejar ouvir.
Umas
misteriosas. Coisinhas que tem que ficar
em off para não perder o encantamento. Outras
tidas como complemento para dar ênfase e graça ao contar.
E assim... Atravessa um deserto correndo sempre em busca de
se mesma como se fosse dividida em mil faces, para retardar um processo que
insisti em se manifestar a cada passagem das horas.
Então... Nada um mar inteiro para entregar seu corpo na
areia quente, mostrando-se em protesto ao limitado tempo.
Voa alto, sempre alto e aí caí no abismo da
invisibilidade quando a velhice chega...
Pensa:
O deserto já se faz maior do que antes...
O mar já se faz mais cheio do que até então...
O voo já se faz mais difícil pelo peso dos anos...
E agora ao olhar-se por inteira, aprende a Conviver com conflitos
enclausurada na alma...
E pelos amores e afagos bem queridos e a tolice em pensar
que poderia ser diferente, culpa a imagem refletida no espelho.
Sobre a velhice?
Ah! Ela é a criação de deus sendo transformada com muita
mais sabedoria a partir da sua beleza única aliada ao seu próprio tempo.
“Seja a mudança que você quer ver no mundo.”
Gandidomingo, 24 de dezembro de 2017
O próximo voo
Viajando entre
letras e palavras, subi... desci montanhas, enfrentei as adversidades a cada
mudança emocional, escalei os paredões do desânimo (e olha que eu tenho medo de
alturas), plainei entre abismos nos céus de nuvens escuras , mergulhei nas águas profundas de um
mar revolto,
Mas,
Aos pouco pude
perceber que a visão do alto das montanhas é estritamente bela.
Rica em detalhes,
divinamente marcantes, cores que lembra a mistura do arco íris e faz pensar no
criador da obra.
As adversidades na
sua magnitude se colocam dispostas ao enfrentamento, quando sentem que tem por
adversário alguém tão forte quanto. E
isso foi e é muito animador...
Ao escalar os paredões, lentamente, a cada passo uma
revelação, um entendimento, uma resposta.
A rebeldia do mar
mostra-se misteriosa e convidativa... é provocadora.
Incentiva a busca
das verdades e dos tesouros escondidos na alma. Ela e o mar se tornam em um só.
Diante de tantas aventuras vividas e sonhadas, tenho
agora por companhia a beleza do olhar divino,
a força, a coragem do criador , a sabedoria no ruflar das asas que crescem em
direção ao sol.
domingo, 17 de setembro de 2017
As palavras que me falta
Estou rasgada em pedaços.
Parte de mim busca encontrar um mínimo de qualquer coisa
_ um som marcante, um cheiro deixado no ar,
uma lembrança de outrora, e
transformar tudo isso em um novo eu.
O tempo está registrando a minha ausência.
O meu silêncio cria expectativas de sons relevantes e
desejados.
Está tudo tão difícil...
Em algum lugar estão escondidos meus pensamentos, minhas
lembranças, os personagens da minha história.
Gosto de ler e ouvir as minhas palavras...
Elas dizem muito
mais do que realmente escrevo.
As palavras me falta de uma maneira assustadora.
Revela-me
que os pedaços de mim se perderam na minha própria história.
sábado, 12 de agosto de 2017
Um dia abençoado
A
festa começou cedo.
O
tempo por aqui está chuvoso.
É
uma frente fria... é o que dizem.
Apesar
do frio gostoso, deixo o leito quente e aconchegante para agradecer aos
passarinhos a recepção de um novo dia.
Para
eles não tem tempo ruim.
Cantam
e dançam nos galhos dos arvoredos alegrando a natureza.
Os sons diversificados preenchem todo o lugar e com ajuda da
brisa matinal propaga-se para mais distante, dando vida a tudo que nos rodeia e
em retribuição a natureza abre-se a visitação colorindo o espaço.
O repórter, o fofoqueiro bem-te-vi que diz que tudo vê....sempre
majestoso, canta mais alto espalhando a notícia da minha presença em
contemplação plena.
- bemtivi... bemtivi... bemtivi........
Fecho os olhos por instantes e consigo viajar por entre as
notas musicais em perfeita harmonia.
E em meio á supremacia do momento, contrariando a natureza,
o sol acorda, meio entre nuvens cinzentas, também participa de mais um
amanhecer, e seguindo os seus tímidos raios, o amado girassol que enfeita a
minha varanda.
sábado, 15 de julho de 2017
Momento de saudade
Estava de volta para casa e faz parte desse percurso o local
onde nasci. Não é muito distante de onde agora me encontro. Dá para ir á pé...
Caminhando devagarzinho... devagarinho...olhando a paisagem ao redor, pois se
trata de um lugar muito bonito próximo á beira mar.
Sempre passo pelas proximidades nas minhas caminhadas diárias,
com a emoção e as lembranças me fazendo companhia.
Nunca me perguntei se tinha vontade ou coragem
de voltar lá.
E olha que já passou algum tempo. Quando saí de lá estava
com 18 anos.
Parei e disfarçadamente olhei para não chamar muito atenção
dos que ali estavam crianças jogando bola, alguns adultos nas portas de casa, mas
alguma coisa me “puxou” para adentrar a ruazinha modesta, agora tão diferente
de tudo que posso lembrar.
Confesso que me emocionei muito à medida que fui andando e
olhando atentamente as fachadas das casas, como se no momento tivesse uma segunda
visão de tudo, de como eram, para me transportar ao tempo que ali vivi.
Acreditando que isso mesmo aconteceu por alguns instantes,
de repente me vi em meio as brincadeira de infância, sentindo a presença de
todos aqueles que fizeram parte do meu começo de vida, como as minhas primeiras
companheiras de jornada das famílias, Nunes, Mendonça, Leal, pelas quais sinto
grande apreço por tudo que curtimos juntas, nas brincadeiras de roda... Anel...
baleô...esconde-esconde...e a convivência na mesma sala de aula, no mesmo
colégio.
Não pude deixar de encarar a casa de número 17.
Ali eu nasci.
A casa estava com porta e janelas fechadas e em um minuto eu
me perguntei se teria coragem de chegar mais perto se estivesse com porta ou
janelas abertas, ou alguém se fazendo
presente no momento.
Lembrei-me da alegria e o companheirismo dos camaradas do
meu velho pai, por nomes, Rafael, Jobar, Marialvo, Rubens, eles que
abrilhantavam e promoviam as festas juninas que eu tanto gostava e vivia
intensamente. Já tive oportunidade de
falar em outras postagens.
Sinto saudades de tudo... Mesmo também tendo que me lembrar das lutas diárias e os conflitos em família.
Pensar em tudo que me aconteceu e manter em minha mente e coração
é transforma uma simples lembrança em um momento grandioso de devolver a vida a
tudo que eu vivi.
Estou alimentando a coragem de voltar por lá. Espero contar em breve espaço de tempo essa
nova experiência.
domingo, 25 de junho de 2017
Um dever a ser cumprido
É angustioso só em pensar que apesar da obrigatoriedade ser
a voz da minha consciência, a situação tende a se repetir agora impregnada de
sentimentos misturados e diferentes.
A revolta cede o lugar a tristeza, não por ter que enfrentar
mais uma tempestade, nem atravessar um deserto escaldante, não... mas por
sentir e ver que mais uma vez, o meu veleiro no porto seguro de minhas emoções, esteja contido pela âncora do medo e da
gratidão.
O meu peito se enche
em um primeiro momento procurando o ar do clamor, do grito, do choro, ao mesmo
tempo em que busco palavras perdidas atribuladas nos meus pensamentos que vão
se misturando, mas quando a alma ajoelha-se diante do tempo vivido, me faz
levantar mais sabiamente amparada pela vontade de superar os limites do meu
corpo, retomando a missão em que me foi confiada, mesmo sabendo que o que há de
vir e fazer são deveres a ser cumpridos.
Sinto medo pelo meu futuro.
E pensar que Eu rascunhei minha vida no papel do tempo sem
saber se ele me deixaria passar a limpo.
Ah! O veleiro... Com certeza vai estar lá e vai criar asas
ao longo do tempo de espera, para velejarmos juntos no céu quando disser e
quiser. É agora....
Vou estar pronta.
domingo, 7 de maio de 2017
Escudos do tempo
Atrás de cada parede se esconde tudo aquilo que NÃO QUER ser
encontrado... visto, ou tudo aquilo que PRECISA SER buscado... Revelado.
Atrás de cada parede se escondem, Segredos... Histórias... Verdades... Sentimentos...
Mistérios, sempre lá ocupando espaços, infiltrando-se nas frestas formadas pelo tempo, transformadas
em cativeiros, senzalas, ou abrigos.
Alguns deles estão esperando que a qualquer momento sejam
resgatados e libertados pela razão ou pela verdade.
E sem se dar conta que nas suas inquietudes, se deixam levar
pelas mãos da inconsequência e sob olhares dos seus algozes e ou protetores vão
sendo lançados aos ventos da indignação ou das suas próprias agonias.
Outros se misturam entre medos, receios esvaindo-se pelos
corredores da alma para passarem despercebidos e cair no abismo do
esquecimento.
sexta-feira, 31 de março de 2017
Os conflitos do tempo
O tempo está consumindo a vida que eu escolhi.
Juntos eles consumiram o meu passado,
deixando um rastro de lembranças que se escondem nos
portões da minha alma, atreladas as ilusões da espera por dias presentes.
Quando pensamos com os olhos somos uma presa fácil de
enganar.
Somos o que vemos.... Vemos o que pensamos e esperamos.
E eu esperei... Esperei...
O presente está sendo consumido pela vida que eu
escolhi, tendo como companheiro inseparável, o tempo marcante, amarrado a
expectativa de mudanças, uma sobrevivente esperançosa que insistentemente
coloca-se ao meu alcance na tentativa de resgatar o meu eu escondido no
emaranhado do meu ser.
As pegadas deixadas pelos caminhos mostram por onde
estivemos...
domingo, 5 de março de 2017
Passaporte para a liberdade
Envaidecida
e cheia de propósitos ela invadiu
o recinto mostrando-se feliz e bela.
Adentrou
sem pedir licença.
Percorreu
ligeiramente todo o espaço,
Como
em reconhecimento se seria ali
mesmo que deveria estar.
Pousou
lentamente bem próximo a mim...
Pude
observar os seus olhinhos pequeninos,
Pontinhos
pretos...O
seu colorido exuberante...
E
sentir a sua paz entre um
abrir e fechar de asas.
Fez-me
um convite:
Feche
os olhos.
Abra
as asas. Permita-se
voar.
Permaneceu
ali como a esperar uma resposta.
Fez-se
silencio... Que
só foi rompido por um ruflar
De
asas coloridas e belas, quando
partiu sem olhar para trás.
Ela
era o veículo da minha liberdade.
Deixou-me
sem saber que eu ainda não
tinha mais asas.
Elas foram cortadas..estavam em crescimento.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
A incerteza do amanhã.
Uma fagulha restante, um lampejo de felicidade, uma
desconfiança breve, abraçou as minhas emoções e mergulhei no infinito dos meus
sonhos.
Tão grande é o infinito e os meus devaneios!
Quisera estar sempre enroscada nas minúsculas partes de mim
mesma, fazendo com que todo o meu ser entrasse em completa sintonia com o mundo
lá fora, em uma autonomia de gestos e palavras lançadas em pleno voo como se
fosse o último.
Nem sempre foi
assim...
sábado, 11 de fevereiro de 2017
Sou fã do silencio
Ele
me mostra o quanto tenho a ouvir, o que preciso sentir na essência da minha
alma e questionar os meus sentimentos que afloram em busca de reconciliação com
a minha consciência.
Em
um mergulho profundo alcanço o arquivo secreto das minhas emoções vivendo cada
uma delas como no exato momento.
A
estreita ligação entre mim e eu cria um vínculo de morrer e renascer sempre na
esperança do perdão e do contentamento.
Durante
o tempo do confronto e do entendimento, o silêncio se fez presente mesmo quando
ais e risos se intercalavam entre movimentos expressivos de dor e alegria.
Depois,
a quietude dos sentimentos me fez lembrar que ouvir a voz do silêncio aquieta a
alma e inspira a paz.
Temos
uma relação divina, meu coração e deus,
sobretudo quando ele me fala através do silencio.
É
quando tudo faz sentido.
domingo, 15 de janeiro de 2017
A procura de mim
Me perdi no caminho.
Ansiosamente olho ao redor,
assustada... busco por mim no meio do turbilhão de emoções que invade
meu coração contrito e amargurado.
Sinto medo do futuro
que me espera.
A luta travada entre sentimentos diversos me coloca entre a
razão e o porquê de tanta dor e mágoa
Meu coração dói.
Sinto-me aprisionada em companhia do meu próprio eu sedenta
de liberdade e perdão.
Quisera ter asas e sair voando por entre todos os desencontros
e desilusões, buscar ainda viva a minha
história que se perdeu sem ao menos perguntar-me se assim eu queria.
É preciso resgatar-me dentro de outras historias vivadas
fora de ordem, antes que a morte me alcance e tudo se perca no infinito de
todas as coisas.
sábado, 14 de janeiro de 2017
A fuga
Bem não refeita do primeiro enfrentamento imposto pelo revés
da ordem natural das coisas, eis que surge em um horizonte não muito distante á
vista, uma nova “ameaça” de aprisionamento.
Com o corte das asas, ficou presa ao chão e nessa mesma
paisagem, ficava pintando uma possibilidade de fuga já sentido os seus pés
suspensos no ar e asas a bater.
E nesse impasse entre o certo e errado, razão e emoção vivia
buscando uma passagem entre a sua revolta e indignação.
Ensaiava um voo baixo preparando-se para invadir as nuvens
independentes do tempo e gozando todas as regalias que tivesse por direito.
Corajosamente torcia e esperava até que....a nova ameaça
trouxe a tona o medo de um futuro obscurecido pelo peso da âncora em seus pés.
Continua lá... Esperando e olhando a paisagem sonhando ainda
com a sua liberdade.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Poderia ser diferente?
Atravessamos um deserto correndo em busca de nada...
Nadamos um mar inteiro e morremos afogadas na areia da praia...
Voamos alto sempre alto e caímos no abismo da invisibilidade
quando a velhice chega...
Então:
E o deserto já se faz maior do que antes...
O mar já se faz mais cheio do que na hora...
O voo já se faz difícil pelo peso dos anos e dos conflitos enclausurados na alma...
Subscrever:
Mensagens (Atom)