É angustioso só em pensar que apesar da obrigatoriedade ser
a voz da minha consciência, a situação tende a se repetir agora impregnada de
sentimentos misturados e diferentes.
A revolta cede o lugar a tristeza, não por ter que enfrentar
mais uma tempestade, nem atravessar um deserto escaldante, não... mas por
sentir e ver que mais uma vez, o meu veleiro no porto seguro de minhas emoções, esteja contido pela âncora do medo e da
gratidão.
O meu peito se enche
em um primeiro momento procurando o ar do clamor, do grito, do choro, ao mesmo
tempo em que busco palavras perdidas atribuladas nos meus pensamentos que vão
se misturando, mas quando a alma ajoelha-se diante do tempo vivido, me faz
levantar mais sabiamente amparada pela vontade de superar os limites do meu
corpo, retomando a missão em que me foi confiada, mesmo sabendo que o que há de
vir e fazer são deveres a ser cumpridos.
Sinto medo pelo meu futuro.
E pensar que Eu rascunhei minha vida no papel do tempo sem
saber se ele me deixaria passar a limpo.
Ah! O veleiro... Com certeza vai estar lá e vai criar asas
ao longo do tempo de espera, para velejarmos juntos no céu quando disser e
quiser. É agora....
Vou estar pronta.
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