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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Pura Maldade

                             Roubaram minha paz.

     A  paz....a minha companheira fez as malas e se pôs a caminho sem olhar para trás, deixando um rastro de ansiedade  e de dor.

      A dor silenciosa da alma.

       Junto com ela se foram à tranquilidade, aumentando o medo de enfrentar um novo desafio, um novo relacionamento por conta dos vestígios da maldade que propositalmente me foram deixados como presente.

       A confiança estabelecida entre mim e eu, abalou as estruturas do meu ser, tornando-me vulnerável a desconfiança de tudo e de todos que se aproximam e a angustia por ter errado  em uma conduta inerente a minha maneira de ser.

     Minha vida invadida... Meu corpo violado...

     Meu coração ocupado por sentimentos até então adormecidos, armazenados em um abrigo silencioso, agora  contrito com o tempo.

Deixei-me levar.  Sou movida a amor.

        Precisava testar a minha condição de mulher madura e desejosa, permitindo-me assim experimentar de novo esse sentimento nobre e universal.

        Hoje isolada em uma ilha cercada de lembranças em meio ás lagrimas, procuro uma saída na tentativa de refazer-me emocionalmente, sofrendo a decepção de ter servido de veiculo da pura maldade personalizada do coração de alguém que roubou a minha paz.