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domingo, 14 de junho de 2020

Âncora & asas


Atravesso um momento com grande fragilidade emocional, e mesmo tentando compreender com a razão, o meu coração fica revolto tal quais as ondas do mar em pleno outono resultado de uma frente fria.

             De novo sou âncora e não asas.

Carrego na alma a sensação de que a “minha liberdade” de viver ou para eu viver, seja contida para ser transformada em apenas mais um desafio imposto pela própria vida a ser vencido, no sentido de me fazer forte e voltar a confiar no brotar de novas asas.   
                  Lá vou eu mais uma vez...

Pense que no limiar dessa situação conflitante, quando a sensação de coisas novas e boas se prepara para serem divididas, é invadida pelo vazio de pensamentos.
O meu EU se apaga em uma ação defensiva para se autorrestruturar. Sabedoria da natureza.
Vejo-me no deserto das incertezas, sob um sol escaldante, areias ao vento e um tremendo medo de tudo que aí está e o que há de vir.

Fecho-me em conchas e só me resta esperar... Esperar...
                      O que? Ou por quem?

Sem me dar conta de qual direção, eis que surge diante de mim uma nova oportunidade que me convida a entrar no mundo mágico de uma realidade disponível e totalmente ao meu alcance.
Um pedido feito. Abra o coração. Assim foi Feito.

A leveza que invadiu a minha alma me transportou e ainda me transporta a cada manhã quando percorro a trilha do amor próprio, onde uma loba solitária convivi diariamente com paisagens de extrema beleza e de uma quietude impar, e com o poder de ser modificada a cada instante obedecendo as ordens de cada estação.

O dia de hoje está cinzento. O mar hoje está revolto. Solicita minha presença e eu me reverencio a tanta beleza.  O vento atrevido carinhosamente brinca com meus cabelos cacheados, molhados, ligeiramente prateados.
               Hum! Gosto dele assim. 
Pelo menos eles têm a liberdade de esta.....

O meu corpo em movimento sobre as areias quentes e úmidas me conduz sempre a frente em busca de reviver as minhas histórias.
Aqui nasci... Aqui cresci... 
Aqui eu vivo e certamente aqui morrerei.

Esse é o meu momento de refrigério, o qual eu sou convencida  a curtir e viver a cada manhã.

Acredite que existe uma cumplicidade entre a real visão com a real imaginação e quando juntas sentimos a presença de deus em cada detalhe quando a natureza me abraça.

Faz-me lembrar:
De pessoas que passaram pela minha vida
e já se  foram...
(O tempo às levou),
De pessoas que chegaram e ficaram...
(Presentes de deus),
De pessoas que eu queria que ficasse, mas seguiram...
(Quiseram assim),
De pessoas que queriam ficar, mas tiveram de ir...
(A vida foi injusta ?),
De pessoas que abrigo em meu coração....
(Guardo-as com meu amor)

A minha alma pensativa se curva diante das lágrimas de saudade enquanto caminho em busca de mim mesma.











3 comentários:

  1. Lyah, entre âncoras e asas a nossa vida passa! Adorei teu texto e teus refrigérios lindos. Precisamos sempre deles! Tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo de bom pra ti! beijos, ótimo dia! chica

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  2. Voltei pra avisar que acaba de entrar uma foto tua lá! Obrigadão! Podes ver aqui:

    http://ceuepalavras.blogspot.com/2019/06/ceu-da-lyah.html

    beijos, linda semana! chica

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  3. Nossa amiga mergulhei de cabeça em tuas lembranças.... Fiz uma viagem. Passando para um beijinho e te desejar uma linda semana ♥ https://sereia-lindalva.blogspot.com

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