Depois de examinar os prós e os contras da sua decisão, o tempo resolveu fazer a transferência da sua responsabilidade, mudando radicalmente a minha maneira de viver.
Sábia decisão? Talvez. Pelo menos agora ele não vai mais se sentir culpado de tudo que acontecer ou mesmo deixar de acontecer.
Ele, aproximou-se de mim trazendo nas mãos grãos minúsculos de vida, anos chamados de vida, que insistiam em fugir por entre seus dedos, que fortemente comprimiam-se tentando impedir sua passagem.
Pediu-me para colocar em conchas minhas mãos fazendo a transferência cuidadosamente, e olhando-me com os olhos da alma, falou: esses são os últimos que lhe resta.
Procure cuidar bem deles com muita sabedoria e verdade.
Aquela em que você acredita.
A bem da verdade, alguns anos já se foram marcando a caminhada e entre flores e espinhos pude ver o quanto tudo foi de extrema importância, ainda assim, mesmo sem querer, olhei para trás. Passado sempre são marcantes.
Eis-me aqui tentando fazer de cada grão um multiplicador de sonhos. De preferência vividos incondicionalmente bem acompanhados.
Um novo cúmplice disposto a proteger a idade chega, se achega e vai passando contando os grãos de uma maneira poderosamente bela, mostrando as marcas da face... acentuando os traços que se faz presente em cada etapa da vida onde o tempo não tem pausa.
A vida segue e ele continua falando:
O tempo feliz é curto mesmo que o tempo seja longo.
Fazer da natureza uma aliada é acreditar que a vida é você quem faz.
Linda leitura tu nos proporcionas aqui! Nesses dias tão feios no mundo, ler esperanças é bom! Seguimos firmes! bjs, chica
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