O primeiro impacto de tudo que vai de encontro aos nossos anseios, causa revolta que aos poucos sendo bem trabalhada dentro da nossa ansiedade, cede o seu lugar a tristeza, não por ter que renunciar aos objetivos pré estabelecidos, ou mesmo por ter que enfrentar mudanças, com novos desafios e maiores responsabilidades, quando se trata de uma vida em declínio, mas por sentir e ver que mais uma vez o veleiro no porto seguro de
minhas emoções está contido pela âncora do medo e ao mesmo tempo pelo sentimento de gratidão.
É angustioso pensar que apesar da obrigatoriedade ser a voz da minha consciência, a situação se repete agora impregnada de sentimentos diferentes.
Busco refúgio no sono...
mergulho no mais profundo mar das minhas expectativas
quanto ao futuro de um novo e programado vôo...
e eis que o meu peito se enche em um primeiro momento procurando o ar
do clamor, ao mesmo tempo em que palavras perdidas no vazio dos meus pensamentos vão se misturando e é quando a
alma ajoelha-se diante do tempo, e me faz levantar mais tarde
sabiamente amparada pela vontade de superar
os limites do meu corpo, retomando a missão em que me foi confiada, sabendo que o que há de vir e fazer será um dever a ser cumprido.
E assim um dia eu rascunhei minha vida no papel do tempo sem saber se ele
me deixaria passar a limpo.
Ah! O veleiro alado ? Com certeza estará ainda ancorado e vai me levar ao encontro da liberdade de escolha, com o direito de apagar o rascunho... escrever uma nova história, e o dever de velejarmos juntas quando dissermos - é hoje e quando quisermos - é agora. Estamos criando asas.
Eu e minha consciência.
Vamos estar prontas.
Ah! o dever? Esse foi cumprido.
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