Folheando
uma revista antiga (seleções), mas com conteúdo bastante atual, um título me
chamou mais atenção e atentamente comecei a ler.A
primeira frase interrogativa me fez pensar em procurar alguma coisa que
interligasse as nossas histórias. Para minha surpresa não tem nada que
identifique... Muito pelo contrário.
O título da
matéria... O que faz uma comunidade prosperar?
Na segunda
frase, o que há na Avenida Juçara?
Naturalmente
que o nome foi modificado, a fim de mostrar as diferenças. A Avenida que deu origem a matéria tem como
base o comportamento e a união que prevalece entro os seus moradores.
A primeira
vista é só mais uma via de pequenas casas geminadas, na transversal da rua do
mesmo nome, uns 40 metros de extensão, de boa localização, próximo de tudo que
precisamos no dia a dia.
Posso dizer
o mesmo das outras ruas circunvizinhas.
Falar da
minha comunidade veja como me refiro, pois eu á adotei quando aqui vim morar, é
uma maneira de dar destaque a pequena localidade que anda esquecida e
maltratada, tanto pelos próprios moradores, quanto pelas politicas
públicas.
Lamento
muito, pois a luta foi travada sem o sucesso esperado por mim.
A primeira
pista que existe, talvez a única, de algo incomum no decorrer da rua, e que
também é mencionada na matéria, mas próximo a Avenida juçara é uma grande e
pobre jardineira “andante” na esquina
que sofre com os abusos dos sem noção, dotados da irracionalidade animal que se
acha no direito de ser considerado pessoa humana. É a imbecialidade em pessoa.
Seria uma
jardineira comunitária? Na avenida juçara?
– Não. Claro
que não.
Está
maltratada, danificada, empurrada.
Lamentável a atual situação.
Vizinhos tem
respostas.
- Quem?
- Os meus?
Da avenida juçara?
- Não tem. Claro
que não.
Vizinhos
fazem coisas juntos para beneficiar a comunidade?
- Claro que
não. Pelo contrário.
Advoga-se em
causa própria. Limitando, invadindo o espaço do outro sem pensar que pode
proporcionar dificuldades de deambulação para os mais idosos.
Observa-se o
egoísmo, a indiferença, a falta de respeito
com o próximo, que nos faz pensar que o vizinho torna-se o parente mais
próximo quando as necessidades surgem pela própria dinâmica da vida.
Lembro-me
que quando me mudei para cá, logo ficou claro que as pessoas mostravam-se indiferentes
a qualquer situação.
Com tudo
isso... Procurei mostrar que poderíamos junto modificar para melhor, colocando
em prática que uma comunidade unida estabelece metas a ser alcançadas com
sucesso.
Pois é...
Descobrir
como era, como está sendo difícil morar na avenida ao longo dos anos em que
procurei mesmo que sozinha melhorias que
valorizasse o local onde decidi viver.
Sou e fui criticada...
Minhas atitudes provocaram risos e gozação por parte de meus vizinhos amados.
É até
compreensível. Eu nasci e cresci em outro local não muito distante daqui, mas
trago na bagagem conceitos e valores, como também maneira de pensar
diferentemente das pessoas que aqui encontrei.
É uma
questão de respeito.
É uma
questão de educação.
Ainda estou
por aqui... Ainda vou levar um tempo... Agora para ver o reflexo de tudo que se
deixou de fazer.
Quando em converso sobre como era e como agora está,
dizem:
- Puxa, não
gostaria de morar em um lugar tão indiferente assim, onde todas as pessoas
conhecem todos os moradores e não há nem um pouco de anonimidade, mas existe o
individualismo.
Pois é... É
uma pena
Já não tenho
mais porque continuar insistindo em algo que só tende a piorar.
“Querer
educar cobra criada é o mesmo que dizer querer é poder”.
Lyah de Castro