Verdadeiramente traz consigo a real
intenção para se manter sempre vivo.
Na sua formação silenciosa e ardil, vai registrando no livro da vida tudo que rodeia e consome em torno de si e de todos. Vai crescendo em movimentos súteis, sem se deixar perceber começa a tomar fôlego, encorajando-se a seguir o caminho da manipulação e do sufocamento.
Escraviza... Sufoca... Aprisiona... Marginaliza...
manipula... Persegue... Fragiliza... Engana... Causa dor e arrependimentos.
E o pior é que sem nos darmos contas vamos permitindo que tudo
isso aconteça ao nosso redor, quando fazemos do silêncio um aliado para fugir
dos conflitos na esperança que o tempo se encarregue de deixá-lo no
seu devido lugar.
E se isso não fosse o bastante, ele ainda está
sentado na minha sala, desfrutando de tudo que conseguiu...
Zombando da minha dor, despertando fragilidade para os desavisados, e ao
meu coração a mistura de amor e ódio, gratidão e justiça.
E assim ele vai marcando a trilha a ser seguida, observando calmamente cada
detalhe... Armazenando no seu interior tudo que melhor lhe convém e na hora
exata, mostra-se para cobrar o que certamente deve ser esquecido.
É fato que quando não lhe é dada a devida atenção, ele se torna um
perseguidor implacável, retirando do seu último fôlego o direito de
deixar o presente respirar em paz.
Assim é o passado.
Nem a morte o apaga.
Metade de mim já morreu.
A outra metade girassol vive em busca do último suspiro de liberdade.
Lyah de castro.
26 de junho de 2021.
As 10 horas .