Para você refletir...

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O que fazer de mim agora?


Não sei o que fazer comigo agora.
Tanta coisa por fazer e não sei nem por onde começar.

O tempo escorrega por entre meus os dedos sem me dar tempo de diminuir a velocidade com que se esvai.
Impossível segurar a força do querer ficar com  a que tenho que ir.

E lá se vão 70 anos cheios de tudo que tive e tenho direito: amores, sonhos, medos, desejos, arrependimentos, dores, lágrimas, sorrisos, trabalho, responsabilidades, sentimentos diversos que fizeram  o coração  vibrar de amor e de ódio.
Péssima relação.                                                       
                                                                                                           

 Corpo em processo de envelhecimento.
Mente adoravelmente em evolução.
Um não acompanha o outro.

A natureza segue seu curso sem me  deixar escolhas, mas me faz perceber que a maturidade foge dos  padrões de beleza estabelecidos, mas cria as suas próprias em uma individualidade primaveril sem se importar com o tempo vivido. 
Pura sabedoria.

Sinto medo.
Trago na boca sabores amarga regurgitados  do fundo de minha alma que busca por paz.

Sinto cansaço de tudo.
Tenho por companheira a solidão amiga em seus intermináveis dias assombrando o futuro incerto e vazio.

E o que resta agora é  fechar portas que não me levam a lugar algum... Abrir as asas... Viver uma nova realidade cheia de cicatrizes dolorosas e voar.

Lyah de castro
26\ 07\ 2021
Às 5:40.
Imagem = Net

terça-feira, 6 de julho de 2021

Perseguidor implacável.

Verdadeiramente traz consigo a real intenção para se manter sempre vivo.

Na sua formação silenciosa e ardil,  vai registrando no livro da vida tudo que rodeia e consome em torno de si e de todos. Vai crescendo em movimentos súteis, sem se deixar perceber começa a tomar  fôlego, encorajando-se a seguir o caminho da manipulação e do sufocamento.

Escraviza... Sufoca... Aprisiona... Marginaliza...
manipula... Persegue... Fragiliza... Engana... Causa dor e arrependimentos.

E o pior é que sem nos darmos  contas vamos  permitindo que tudo isso aconteça ao nosso redor, quando fazemos do silêncio um aliado para fugir dos  conflitos  na esperança que o tempo se encarregue de deixá-lo no seu devido lugar. 

E se  isso não fosse  o bastante, ele ainda está sentado  na minha sala,  desfrutando de tudo que conseguiu... Zombando da minha dor, despertando fragilidade  para os desavisados, e ao meu coração a mistura de amor e ódio, gratidão e justiça.

E assim ele vai marcando a trilha a ser seguida, observando calmamente cada detalhe... Armazenando no seu interior tudo que melhor lhe convém e na hora exata, mostra-se para cobrar o que certamente deve ser esquecido.

É fato que quando não  lhe é dada a devida atenção, ele se torna um  perseguidor implacável,  retirando do seu último fôlego o direito de  deixar o presente respirar em  paz.

Assim é o passado.
Nem a morte o apaga.

Metade de mim já morreu.
A outra metade girassol vive em  busca do último suspiro de liberdade.

Lyah de castro.
26 de junho de 2021.
As 10 horas .

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Pura Maldade

                             Roubaram minha paz.

     A  paz....a minha companheira fez as malas e se pôs a caminho sem olhar para trás, deixando um rastro de ansiedade  e de dor.

      A dor silenciosa da alma.

       Junto com ela se foram à tranquilidade, aumentando o medo de enfrentar um novo desafio, um novo relacionamento por conta dos vestígios da maldade que propositalmente me foram deixados como presente.

       A confiança estabelecida entre mim e eu, abalou as estruturas do meu ser, tornando-me vulnerável a desconfiança de tudo e de todos que se aproximam e a angustia por ter errado  em uma conduta inerente a minha maneira de ser.

     Minha vida invadida... Meu corpo violado...

     Meu coração ocupado por sentimentos até então adormecidos, armazenados em um abrigo silencioso, agora  contrito com o tempo.

Deixei-me levar.  Sou movida a amor.

        Precisava testar a minha condição de mulher madura e desejosa, permitindo-me assim experimentar de novo esse sentimento nobre e universal.

        Hoje isolada em uma ilha cercada de lembranças em meio ás lagrimas, procuro uma saída na tentativa de refazer-me emocionalmente, sofrendo a decepção de ter servido de veiculo da pura maldade personalizada do coração de alguém que roubou a minha paz.