Eu estou aqui. Em algum lugar, eu sei que estou.
Em cada curva um surpreendente caminho ainda a
percorrer.
No labirinto que deus criou no meu cérebro existe
uma passagem que me leva a um compartimento secreto onde está armazenada memórias de tudo que foi vivido e vivenciado ao longo desses anos.
De Suas paredes misteriosas emanam energias em
forma coloridas que me lembra do arco íris.
Em pequenos baús, dispostos um após outro como a
formar caminhos, interligados por sentimentos diversos, que ora registram épocas,
ora registram etapas como o antes e depois, ora registram o tempo determinando assim
o começo e fim de todas as coisas.
Eles são abertos ao longo dos anos em que esses
caminhos são percorridos, de acordo com desejos nascidos do coração,
pensamentos formados e idealizados conforme o desenrolar dos fatos e das
sensações experimentadas.
Quando o último baú é alcançado, melhor olhar para
trás e verificar quantos ainda estão abertos, e quantos ainda precisam abrir, e
quantos devem ser mantidos fechados.
Ainda dá tempo. Ele é sábio em escolher a melhor
hora.
Os que ainda estão abertos, quanto antes fechar
melhor.
As feridas da mágoa provocam dor e ressentimentos.
Os que ainda precisam abrir quanto antes abrir
melhor.
Abrir o coração ao perdão é recomeçar criando novos
caminhos e baús a ser preenchidos com novas e melhores histórias.
Não é contumaz a insistência em novas oportunidades
de vida.
Temos que aproveitá-las assim que se apresente.
Os que precisam ser fechados, e mantidos assim,
quanto antes melhor.
Sentimentos negativos destrói a alma, encurtam
caminhos, promove dor e conflito. Tira a paz.
E nesse abrir e fechar de baús eu vou e estou
seguindo os caminhos em busca de liberdade para desvendar segredos,
verdades guardadas nas entre linhas que formam caminhos ainda muito a
ser percorridos. Ainda dá tempo. E eu vou... e vou me achar.